quarta-feira, 21 de julho de 2010

Carequisses.

Mais um texto opinativo, e dessa vez com teste comprovado. Eu criei e espalhei o boato por ai que eu estava careca.
Isso não é verdade eu apenas cortei o cabelo um pouco mais curto dessa vez, mas não estou careca disso vocês podem ter certeza. Mas eu tive um motivo para espalhar o boato, eu quis sentir na pele a questão do preconceito e outros quesitos que de certa forma vem junto com ele.

01 - Preconceito.

Preconceito é quando se toma uma conclusão a respeito de algo sem sequer conhecer. Eu uso o termo de conclusão e não de julgamento, por que como humanos nos julgamos o tempo todo e o julgamento opinativo é composto de suposições, quando essas suposições são confirmadas ou não chega-se a uma conclusão.

Ou seja, muita gente chega a conclusão sem confirmar. Como imagino que muita gente deve ter pensado. "Ele tá careca, então está mais feio."

 

02 - Reação.

A segunda questão que eu quero citar foi a reação das pessoas no momento que eu disse que estava careca, muita gente assumiu ter reação de espanto, enquanto outras realmente tiveram essa reação.
É nesse momento que me vem a pergunta crucial de toda a questão...
"Aonde o fato de eu estar careca interfere na sua vida a ponto de você reagir dessa forma?"

Acho que esse é o grande problema de muitos, é se preocupar com aquilo que menos importa no outro. Ninguém reagiu dessa forma quando soube que morreram milhares de pessoas em Alagoas por conta das chuvas, o que de fato é algo para se ficar espantado afinal são vidas que se vão e não irão voltar. Mas não, a minha careca é realmente algo a ficar assustado até por que daqui a alguns meses meu cabelo vai crescer de novo.

Até que ponto coisas banais da nossa vida influi coletivamente? Se formos parar e fazer uma análise verá o quanto é necessária uma evolução mental. E vou logo para o assunto mais manjado, sexo.
Eu sou heterossexual, e tenho amigos gays. São poucos, mas são. E eu tenho o bom costume de tentar juntar todos os meus amigos e eu percebo por parte de uns um certo "medo". Agora eu faço a pergunta crucial mais uma vez.
"Aonde o que uma pessoa faz em seu ato sexual com seu parceiro seja ele homem ou mulher influi em sua vida?"
Aposto que pelo fato do cara se relacionar com outro homem não vai mudar nada em sua vida, até por que...

Você não tem nada haver com isso, não é mesmo? Então por que o espanto com determinadas situações completamente ridículas?

Bem, a mensagem da semana é essa. Acho que pior que o preconceito é a demasiada preocupação com coisas inúteis. Mas assim nós vamos até a próxima quarta, com o próximo post.



terça-feira, 13 de julho de 2010

Impulso Irreversível.

Eu sinto muito em dizer que isto não tem mais volta. Estava sentado em meu quarto olhando para o chão e tentando calar a boca de uma pessoa que não existe mas insiste em me perguntar:

E agora? Como será daqui em diante?

Não posso, não consigo responder. Eu estou sozinho, eu estou sozinho, eu estou sozinho eu preciso sair, eu preciso arrumar um jeito de não ficar só. Eu não quero dormir e não quero ter de voltar para meu quarto, está pesado eu preciso de alívio, eu preciso esquecer. De um jeito de esquecer tudo, e enquanto esse desespero me sufoca eu tento respirar e fingir que está tudo bem.
Afinal quem pode me ajudar? Se eu disser que está tudo mal todos vão querer saber o por que. E esse interesse não é em saber para ajudar, é para saciar a maldita curiosidade que faz questão de querer saber o que faz mal ao outro, mas não demonstra o mínimo interesse em ajudar.

Eu não quero suas palavras, eu não quero o seu consolo. Se palavras ajudassem eu já estaria salvo afinal eu adoro ler, mas palavras não salvam. Eu não sei o que eu preciso, mesmo sabendo que de alguma forma eu sei então assim eu continuo a fingir e me trancar até que alguém descubra a chave.

E foi assim que se concretizou, as engrenagens de alguma forma pararam, alguém conseguiu achar a chave e abrir a porta. E então? E agora o que faço? Eu estou com medo de sair, e não sei se você quer vir aqui para dentro, não tem jeito já cheguei a esse ponto então eu vou cair aqui dentro e vou te trazer junto comigo.

Eu devo te trazer junto comigo, por que eu comecei a ver que não importa aonde eu estiver, se eu estiver com você eu não vou me sentir só. Se eu estiver com você eu vou conseguir esquecer tudo, se eu estiver com você eu vou finalmente poder viver naquele pequeno mundinho de nós dois.
Um mundo aonde ninguém nos cerca, um mundo sem segredos um mundo sem portas e fechaduras. Um mundo sem senso, sem formalidades ou sequer obrigações. Um mundinho de nós dois.

Um mundo onde finalmente eu não preciso ter medo do meu passado, um mundo onde eu posso olhar para frente e para trás com a certeza de que eu não vou ver aquilo que não quero.

Existe um numero de relações no mundo que não exigem explicações, razões ou consequências, elas simplesmente existem. Assim como eu e você apenas existimos dentro do nosso mundo, sem explicações, sem razões e sem consequências. 

No nosso mundinho que gira sobre o nosso amor, eu posso dizer que amo você, você pode dizer que me ama.
E podemos dizer, que o passado nos dá esperança.






PS: Texto dedicado a Crys, e aos nossos 2 anos juntos.
Com todo o amor, Gabriel Alvarez.