terça-feira, 13 de julho de 2010

Impulso Irreversível.

Eu sinto muito em dizer que isto não tem mais volta. Estava sentado em meu quarto olhando para o chão e tentando calar a boca de uma pessoa que não existe mas insiste em me perguntar:

E agora? Como será daqui em diante?

Não posso, não consigo responder. Eu estou sozinho, eu estou sozinho, eu estou sozinho eu preciso sair, eu preciso arrumar um jeito de não ficar só. Eu não quero dormir e não quero ter de voltar para meu quarto, está pesado eu preciso de alívio, eu preciso esquecer. De um jeito de esquecer tudo, e enquanto esse desespero me sufoca eu tento respirar e fingir que está tudo bem.
Afinal quem pode me ajudar? Se eu disser que está tudo mal todos vão querer saber o por que. E esse interesse não é em saber para ajudar, é para saciar a maldita curiosidade que faz questão de querer saber o que faz mal ao outro, mas não demonstra o mínimo interesse em ajudar.

Eu não quero suas palavras, eu não quero o seu consolo. Se palavras ajudassem eu já estaria salvo afinal eu adoro ler, mas palavras não salvam. Eu não sei o que eu preciso, mesmo sabendo que de alguma forma eu sei então assim eu continuo a fingir e me trancar até que alguém descubra a chave.

E foi assim que se concretizou, as engrenagens de alguma forma pararam, alguém conseguiu achar a chave e abrir a porta. E então? E agora o que faço? Eu estou com medo de sair, e não sei se você quer vir aqui para dentro, não tem jeito já cheguei a esse ponto então eu vou cair aqui dentro e vou te trazer junto comigo.

Eu devo te trazer junto comigo, por que eu comecei a ver que não importa aonde eu estiver, se eu estiver com você eu não vou me sentir só. Se eu estiver com você eu vou conseguir esquecer tudo, se eu estiver com você eu vou finalmente poder viver naquele pequeno mundinho de nós dois.
Um mundo aonde ninguém nos cerca, um mundo sem segredos um mundo sem portas e fechaduras. Um mundo sem senso, sem formalidades ou sequer obrigações. Um mundinho de nós dois.

Um mundo onde finalmente eu não preciso ter medo do meu passado, um mundo onde eu posso olhar para frente e para trás com a certeza de que eu não vou ver aquilo que não quero.

Existe um numero de relações no mundo que não exigem explicações, razões ou consequências, elas simplesmente existem. Assim como eu e você apenas existimos dentro do nosso mundo, sem explicações, sem razões e sem consequências. 

No nosso mundinho que gira sobre o nosso amor, eu posso dizer que amo você, você pode dizer que me ama.
E podemos dizer, que o passado nos dá esperança.






PS: Texto dedicado a Crys, e aos nossos 2 anos juntos.
Com todo o amor, Gabriel Alvarez.

3 comentários:

  1. Belo texto! Nem preciso dizer que você escreve bem pacas. O conteúdo dispensa comentários, além de ser muito fofo. =3

    ResponderExcluir
  2. Nem tenho o que dizer. Lhe demonstrarei toda minha felicidade e gratidão assim que nos vermos novamente, porque em um "comentário" eu não posso demonstrar nem 1% do que sinto. Muito obrigada mo, eu te amo muito e sempre vou amar. <3

    ... "Porque depois de 2 anos você ainda consegue me cativar e me manter apaixonada como no começo, e nós somos a prova viva de que o tempo não diminui, nem danifica o amor e a intensidade em que se vive nele."

    ResponderExcluir
  3. Caramba Tanna, mandou muito bem meu amigo. Acho que sei um pouquinho como é se sentir numa droga de vida, cheia de pessoas falsas ou que só querem sugar de você. É muito impressionante como uma só pessoa é capaz de fazer esse mundo ganhar um pouco de cores mais alegres e se tornar um lugar mais possível de se viver. Me sinto um pouco como você... mas este é seu texto de amor e respeito a quem você tanto ama, e não o meu, logo parerei por aqui ;). Desejo sinceras felicidades para Você e Crys, e que juntos possam continuar a apoiar um ao outro à enfrentar este terrível mundo.

    ResponderExcluir